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Ex-vereador Carlos Delfim é condenado a mais de 11 anos por lavagem de dinheiro e associação criminosa

 

O ex-presidente da Câmara Municipal de Muriaé, Carlos Delfim, investigado pela prática de crimes de associação criminosa e lavagem de dinheiro, foi condenado a mais de 11 anos de prisão, como resultado da operação Catarse, conduzida pelo Ministério Público de Minas Gerais (MPMG), por meio do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) da Zona da Mata.

A esposa de Delfim e o assessor legislativo dele também foram sentenciados.

 

Confira abaixo informações divulgadas oficialmente pelo MPMG em seu site (www.mpmg.mp.br).

Segundo apurado, o parlamentar se associou à esposa e ao seu assessor para ocultar o seu patrimônio ilícito, decorrente dos crimes de corrupção, concussão e peculato, seja adquirindo veículos, maquinários e outros bens em nome de terceiros, seja constituindo empresas de construção em nome de “laranjas”.

Além do vereador, foram condenados sua esposa e o seu assessor parlamentar, sendo todas as penas superiores a 11 anos de reclusão, em regime fechado.

Também foi decretada a perda de veículos, máquinas escavadeiras e carregadeiras em favor do Estado de Minas Gerais, bem como a interdição do exercício pelos réus de qualquer cargo ou função pública, ou de diretor de Conselho de Administração ou de gerência de pessoas jurídicas, nos termos do artigo 7º, inciso II, da Lei nº 9.613/98.

Em outro processo, decorrente da operação Catarse, o vereador já havia sido condenado pela prática de corrupção e 24 crimes de concussão (exigência de vantagem indevida em razão do cargo), a uma pena de cinco anos e quatro meses de reclusão, a ser cumprida no regime semiaberto. Ele ainda responde na Justiça pelo cometimento de 178 crimes de peculato e dois delitos de lavagem de dinheiro.

 

Operação Catarse 

A operação Catarse foi deflagrada em novembro de 2021, com o objetivo de apurar a prática dos crimes de corrupção passiva, concussão, peculato, fraude à licitação, lavagem de dinheiro e organização criminosa. A operação já cumpriu diversos mandados de busca e apreensão, mandados de prisão preventiva, mandados de afastamento de cargo público, mandados de indisponibilidade, constrição e bloqueio de bens e valores dos investigados num patamar aproximado de R$ 12,5 milhões.

 

Lista de bens indisponibilizados ou apreendidos

1) Sítio situado no município de Muriaé

2) Casa de luxo situada no município de Muriaé

3) Um veículo caminhão

4) R$ 310.550,96 em cheques apreendidos

5) R$ 77.228,30 em dinheiro apreendido

6) R$ 34.481,92 bloqueados judicialmente

7) Caminhão Mercedes Benz modelo LK 1620

8) Picape Fiat modelo Strada Freedom 13CS

9) Picape Fiat modelo Toro Freedom

10) Ônibus VW Neobus Mega

11) Caminhão VW 24.250 CNC 6X2

12) Reboque Tupy RA 84

13) VW/Fusca 1300

14) VW Polo 1.6

15) VW Spacefox

16) Moto Honda /CG 125 FAN

17) VW/Gol Special

18) VW/Gol 1.0 Ecomotion GIV

19) VW/Voyage

20) Reboque Divino Santafé EF 115

21) Reboque Colina CB-1

 

Veja também

– Operação Catarse apura crimes contra o patrimônio público na Zona da Mata

– MPMG deflagra 2ª fase de operação destinada ao combate à corrupção e à prática de crimes contra o patrimônio público, em Muriaé

– Acusado de liderar esquema de lavagem de dinheiro, vereador afastado Carlos Delfim é preso preventivamente

– Operação Catarse III: Gaeco foca no setor financeiro da Câmara de Muriaé; um servidor foi preso

– Operação Catarse: Gaeco deflagra 4ª fase e ex-presidente da Câmara Municipal de Muriaé é preso

– Vereador de Muriaé, envolvido em rachadinha, é condenado a 5 anos de prisão

– Gaeco deflagra 5ª fase da Operação Catarse, que investiga esquema de lavagem de dinheiro na Câmara Municipal de Muriaé

 

 

 

 

 

Fonte e foto: MPMG

 

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