Foi condenado a 21 anos e seis meses de prisão, o ex-sargento da Polícia Militar (PM), Ralf de Andrade Maciel, acusado de matar a prima, Nayara Andrade, para receber seguros de vida que somam mais de R$ 15 milhões em nome dela. A vítima, que era manicure, foi baleada com cinco tiros, no dia 1º de junho de 2021, dentro do salão de beleza onde trabalhava, no bairro Barra, e faleceu dois dias depois, no Hospital São Paulo (HSP).
Ralf estava preso há três anos, sendo seis meses no presídio de Uberlândia, no Triângulo Mineiro. A defesa irá recorrer da decisão.
O julgamento, presidido pela juíza Michelle Felipe Camarinha de Almeida, começou na manhã de terça-feira (20/02), e foi concluído no início da noite desta quinta-feira (22/02).
O júri popular considerou o réu culpado por cinco crimes e, a sentença estabelece que o cumprimento inicial da pena de 21 anos e seis meses será em regime fechado.
O ex-militar foi condenado pelos seguintes delitos:
– crimes de homicídio
– estelionato
– tentativa de estelionato
– fraude processual
– corrupção ativa
Segundo a decisão, o assassinato foi praticado de maneira que dificultou a defesa de Nayara Andrade, uma vez que ela foi induzida a ir até o local por um falso agendamento. E em seguida, foi atacada de surpresa pelos disparos de arma de fogo, quando estava sentada.
Ainda conforme o documento, o crime passa do limite penal, porque o réu e vítima eram primos, filhos de duas irmãs, o que ocasionou abalo no meio familiar. Nayara era filha única e mãe de uma adolescente.
Ao portal G1, a defesa de Ralf, composta pelos advogados Jean de Menezes Severo Silva, Marcos Vinicius da Silva Paladini, Lucas Napier Porcaro, Cinthia Souza e Paulo Ferreira da Silva Junior, afirmou que “respeita a decisão do corpo de jurados, entretanto, vai recorrer da decisão”.
O crime
Nayara Andrade morreu após ser baleada com cinco tiros em um salão de beleza. Ela trabalhava no estabelecimento quando seu primo entrou, realizou os disparos e fugiu com o celular dela. A manicure foi socorrida e encaminhada ao Hospital São Paulo, mas morreu dois dias depois.
Durante investigações da Polícia Civil, equipes da Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) e a Agência de Inteligência conseguiram identificar que Ralf de Andrade Maciel planejou e executou o assassinato.
O ex-sargento teria fraudado diversos seguros de vida em nome da vítima. De acordo com a Polícia Civil, um cabo da PM ajudou o sargento para que o carro usado no crime não fosse identificado. Ele segue preso em Belo Horizonte.
Fonte: G1 Zona da Mata
Foto: Silvan Alves