Um novo estudo realizado pelo Springtide Research Institute confirmou uma relação positiva entre religião, espiritualidade e saúde mental dos jovens. O instituto é a única organização de pesquisa sociológica nos Estados Unidos dedicada exclusivamente a jovens de 13 a 25 anos.
Josh Packard, diretor executivo do instituto, pontou maneiras pelas quais as igrejas podem garantir que permaneçam sendo instituições relevantes para a geração mais jovem, à medida em que aumenta o número de pessoas no ambiente virtual.
O estudo, ‘O Estado da Religião e dos Jovens 2022: Saúde Mental – O que os líderes religiosos precisam saber’, reflete uma pesquisa com quase 10.000 jovens de 13 a 25 anos, sobre suas crenças, práticas, comportamentos, relacionamentos e saúde mental.
Conforme a pesquisa, durante os anos de pandemia, a maioria (53%) dos entrevistados relatou que a saúde mental era seu maior desafio.
Cerca de 57% disseram que novas práticas espirituais os ajudaram a suportar a pandemia e mais da metade (51%) disse que recorreu à oração. Outros se voltaram para atividades como leitura, ioga, artes ou contato com a natureza.
O estudo descobriu que, embora a religião e a espiritualidade possam ser fortes antídotos para fatores que ameaçam a saúde mental entre os jovens, e as pessoas religiosas se mostrarem mental e emocionalmente mais saudáveis, apenas 35% dos entrevistados estão ligados a uma comunidade religiosa.
Confira alguns resultados do estudo:
“Florescendo muito” em seu bem-estar mental e emocional
– Jovens ligados a uma comunidade religiosa: 29%
– Jovens que não estão ligados a uma comunidade religiosa: 20%
– Muito religiosos: 40%
– Não religiosos: 17%
“Não estão florescendo muito” em seu bem-estar mental e emocional
– Não religiosos: 44%
– Muito religiosos: 20%
Apesar de o estudo indicar que a religião pode ter um impacto positivo na saúde mental, Packard observa no relatório que “as soluções para as lutas com a saúde mental são mais complicadas do que apenas ‘dar aos jovens mais religião, pois cerca de 20% dos “muito religiosos não estão florescendo”.
“A realidade é que, sem abordar questões de saúde mental, um jovem que está mental e emocionalmente doente não será capaz de realmente se envolver ou entender a profundidade, beleza, poder, admiração e amor que podem vir com religião e espiritualidade”, escreveu Packard.
Quando perguntado como as igrejas podem ser mais positivas para a saúde mental, Packard disse que as igrejas devem primeiro se envolver mais na conversa geral sobre saúde mental.
O líder da Springtide também sugeriu que as igrejas possam se concentrar mais em levar o Evangelho aos jovens, em vez de esperar que eles entrem nas paredes de sua comunidade da igreja para se conectar.
Packard disse que os jovens precisam ver a fé como um recurso para superar os maiores desafios de suas vidas. “E se eles veem a fé como desconectada disso, eles serão menos propensos a se envolver”, enfatizou.
Fonte: Comunhão, com informações de The Christian Post
Foto: Reprodução/Animo