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Operação Catarse: Gaeco deflagra 4ª fase e ex-presidente da Câmara Municipal de Muriaé é preso

 

O Ministério Público de Minas Gerais (MPMG), por meio do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) – Regional da Zona da Mata (sediada em Visconde do Rio Branco), em conjunto com a Promotoria de Justiça de Defesa do Patrimônio Público de Muriaé, e com as Polícias Civil e Militar, deflagrou nesta quarta-feira (31), a quarta fase da operação Catarse, que visa a apurar crimes de peculato e lavagem de dinheiro. Além de efetuar apreensões e bloqueio de bens, as equipes cumpriram um mandado de prisão contra um ex-vereador de Muriaé, que ocupou a presidência da Câmara Municipal.

De acordo com informações oficiais divulgadas pelo MPMG, segundo o que já foi apurado, os delitos eram praticados no contexto de um complexo esquema criminoso operado por vereadores e empresários, consistente na emissão de notas fiscais “frias” emitidas com o único fim de legitimar o pagamento ilícito de verbas de gabinete aos parlamentares investigados, inclusive no cenário de empresas, imóveis e veículos registrados em nome de terceiros – condição popularmente conhecida como “laranjas”.

 

Catarse 4

Nas ações desta quarta-feira (31), foram cumpridos um mandado de prisão preventiva e 10 de busca e apreensão, além de bloqueio de imóveis e veículos, em Muriaé e nas cidades de Divino, Eugenópolis e Ubá.

Conforme o Ministério Público, até o momento, no âmbito da operação, já são 16 pessoas denunciadas e 696 crimes apurados. O MPMG detalha que dois dos investigados exerceram a presidência da Câmara Municipal de Muriaé, sendo um deles vereador afastado do cargo, e o outro, que foi preso nesta quarta (31), trata-se de um ex-vereador e policial militar da reserva. Também foram cumpridos quatro mandados cautelares, que têm como objetivo proibir os alvos da operação de celebrar contratos com o poder público e fazer contato com testemunhas.

A além de promotores de Justiça e servidores do MPMG, a operação contou com a participação de policiais do Departamento Estadual de Operações Especiais (Deoesp), da Coordenadoria de Recursos Especiais (Core), da Delegacia de Repressão às Ações Criminosas Organizadas (Draco) e da Delegacia Regional de Muriaé, todos da PCMG, e também do Grupo de Combate ao Crime Organizado (GCOC) da 4ª Região da Polícia Militar.

Balanço oficial da operação Catarse, divulgado pelo MPMG

Foram cumpridos até agora, 53 mandados de busca e apreensão, dois mandados de prisão preventiva, dois mandados de prisão temporária, dois afastamentos dos cargos públicos, bem como a constrição e o bloqueio de bens e valores dos investigados, assim como pedido indenizatório de mais de um milhão de reais, a título de dano moral coletivo.

 

Lista de bens indisponibilizados ou apreendidos

1) um sítio situado no município de Muriaé

2) uma casa de luxo situada no município de Muriaé

3) um veículo caminhão

4) R$ 310.550,96 em cheques apreendidos

5) R$ 77.228,30 em dinheiro apreendido

6) R$ 34.481,92 bloqueados judicialmente

7) um caminhão Mercedes Benz modelo LK 1620

8) uma caminhonete Fiat modelo Strada Freedom 13CS

9) uma caminhonete Fiat modelo Toro Freedom

10) VW Neobus Mega

11) VW 24.250 CNC 6X2

12) Reb/Tupy RA 84

13) VW/Fusca 1300

14) VW Polo 1.6

15) I/VW Spacefox

16) Moto Honda /CG 125 FAN

17) VW/Gol Special

18) VW/Gol 1.0 Ecomotion GIV

19) VW/Voyage

20) R/Divino Santafé EF 115

21) Reb Colina CB-1

 

Veja também

– Operação Catarse III: Gaeco foca no setor financeiro da Câmara de Muriaé; um servidor foi preso

– MPMG deflagra 2ª fase de operação destinada ao combate à corrupção e à prática de crimes contra o patrimônio público, em Muriaé

Operação Catarse apura crimes contra o patrimônio público na Zona da Mata

 

 

 

Fonte e foto: MPMG

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